domingo, 28 de novembro de 2010

Megaoperação no Rio

Quero parabenizar o Governador Sérgio Cabral pela coragem de realizar essa operação de ocupação dos morros do Rio, que tem o intuito de tirar de circulação os narcotraficantes, para alcançar seu principal objetivo que é levar paz às comunidades, garantindo o direito de ir e vir dos indivíduos.

Mudar um quadro de décadas de desmandos, violência, corrupção e falta de profissionalismo é um desafio. A  violência é capitalista. Está intrinsecamente ligada ao dinheiro, e hoje acompanhei pelos noticiários que foram presas pessoas acusadas de "lavar" o dinheiro do tráfico, desta forma, tira o poder financeiro dos traficantes.

Como sabemos  a violência no Rio foi aumentando por falta de ação do Estado, como nenhum dos outros governadores tomaram providências, chegou ao ponto que estamos vivendo. 

Leia abaixo sobre as principais ocorrências envolvendo a área de segurança no Rio de Janeiro desde que a governadora Rosinha Matheus assumiu o governo do Estado.

Janeiro de 2003 - Rosinha Matheus, mulher do ex-governador Anthony Garotinho, toma posse como governadora do Rio de Janeiro.

Fevereiro de 2003 - O traficante Fernandinho Beira-Mar comanda, a partir do Complexo de Presídios de Bangu, uma ação orquestrada na qual traficantes queimam ônibus e impõem toque de recolher em alguns bairros do Rio. Depois disso, Beira-Mar é transferido para um presídio de segurança máxima no interior de São Paulo.

Fevereiro/Março de 2003 - Cerca de três mil homens das Forças Armadas são mobilizados para o Rio de Janeiro para ajudar com a segurança durante o Carnaval.

14 de Março de 2003 - Os governos Federal e do Rio de Janeiro anunciam um plano de segurança pública para combater a criminalidade no Estado. A medida inclui a liberação de R$ 40 milhões para a capacitação e qualificação da polícia e R$ 700 mil para melhorar as condições do Complexo de Bangu.

Abril de 2003 - Anthony Garotinho substitui o coronel Josias Quintal na Secretaria de Segurança Pública do Rio, após uma série de ataques contra hotéis e pontos turísticos tradicionais da cidade. Garotinho promete fazer do Rio um "modelo" de segurança.

Maio de 2003 - Garotinho anuncia a criação de metas de segurança e medidas para deter a ação dos traficantes. Ele reconhece um descontrole na situação da violência no Estado.

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, diz que o governo federal vai criar um tropa de elite na Polícia Federal do Rio para reforçar o combate à violência.

Setembro de 2003 - Garotinho e o secretário de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro, Astério Pereira dos Santos, admitem que a polícia se vale da tortura como método de investigação.

Março de 2004 - Polícia e traficantes entram em choque no morro Pavão-Pavãozinho e ao menos três pessoas morrem. Depois do conflito, moradores da favela realizam protesto pelas mortes nas ruas de Copacabana.

Abril de 2004 - Confrontos entre policiais e traficantes durante o feriado de Páscoa matam 10 pessoas na região das favelas da Rocinha e do Vidigal, zona sul do Rio de Janeiro.
E não pararam mais, muitos outros ataques dos narcotraficantes à sociedade continuaram. 

A reação do atual Governador do Rio, Sérgio Cabral, contra aos causadores da violência no Rio é histórica. A megaoperação da polícia no Rio de Janeiro, que teve início com a onda de ataques criminosos no domingo (21), conta com 21 mil agentes, sendo Policiais Militares, BOPE, Marinha, Exército e Aeronáutica. Estão sendo usados tropas de elite e tanques das Forças Armadas, além de policiais federais. Esta é uma demonstração de união para a guerra contra os traficantes.

Concluo que o mundo das idéias se confronta com o cotidiano no qual prevalece o poder de fuzis e metralhadoras. Tudo indica que, para vencer a guerra, belas palavras e boas intenções serão insuficientes. 

Fontes: Veja, IstoÉ, G1

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